terça-feira, 9 de agosto de 2011

66 Anos depois...





Hiroshima, 06 de Agosto de 1945, 08h15m, o bombardeiro americano B-29 Enola Gay lançou uma bomba atómica de urânio - Little Boy - que explodiu cerca de 580 metros acima da cidade, gerando uma bola de fogo de 4.000 graus centígrados e uma onda de choque cujo calor e radiações mataram dezenas de milhar de pessoas e animais e vaporizaram edifícios reduzindo tudo a pó. Um ruído ensurdecedor apoderou-se de tudo e de todos...
Dos 100.000 mortos, cerca de 65% eram crianças com 9 anos ou menos, já que o centro da explosão ocorreu perto de escolas e de residências.
Durante os 5 anos seguintes morreram mais 100.000 pessoas devido às queimaduras e radiações.
Nagasaki, 09 de Agosto de 1945, 11h01m, outro B-29 americano - Bock's Car - fez explodir a bomba Fat Man, após vários problemas para lançar a bomba na cidade de Kokura, actualmente Kitakyushu, situada na ilha de Kyushu. Com a bomba armada, sem visibilidade devido a um céu carregado com muitas nuvens, uma tempestade pela frente e uma avaria no rádio, a tripulação americana do bombardeiro decidiu unanimemente lançar a bomba na 1.ª localidade que conseguiu avistar, pois não poderiam regressar à base no Pacífico com a bomba a bordo.
Bem que podiam ter caído ao mar!
Nagasaki surgiu abaixo no campo visual do B-29 e 40.000 pessoas pagaram um triste preço.
Há precisamente 1 ano regressei do Japão, país onde se fala da guerra e da violência atómica numa perspectiva pedagógica. Ensina-se que a guerra não é a saída para nada. Sofre-se, ainda hoje, com os resultados devastadores da guerra. Recebem os estrangeiros com ninguém o faz. Depois dos Japoneses surgem os Portugueses na lista de mais hospitaleiros. Gastronomias fantásticas, histórias ricas, paisagens únicas, tradições e muito mais unem dois países que se podem considerar irmãos.
Estive numa escola japonesa no dia 06 de Agosto de 2010, precisamente às 08:15h da manhã e não tenho palavras para descrever a emoção que presenciei e que senti 65 anos depois da bomba atómica de Hiroshima.
Czar Priamoi

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